
Minha mãe chegou em casa um pouco depois e quando viu aquele monte de gatos, pirou. Perguntou onde eu tinha arrumado, o que eu ia fazer com aquilo, disse que eu não ia ficar com eles, enfim, escutei um sermão. Mas mamãe é muito boa, viu que dois gatinhos estavam bem doentinhos e os levou no veterinário (nosso anjo, Dr. Oarde) na mesma hora. Esses dois que foram, não voltaram. Morreram lá.
De cinco sobraram dois, e eu ainda fiquei pensando nos outros três que ficaram pra trás e não resisti. Fui buscar. Fui mesmo.
Passei semanas cuidando da minha nova prole de perto. Levei-os ao veterinário para serem vermifugados, dei muito carinho, tratei bastante, alguns eu precisei dar mamadeira ainda e foi assim que minha sina felina comecou. Minha mãe me fez doar todos eles, e tentou me parar. Claro que em vão.
Hoje estou mais organizada, tenho um pequeno gatil que ganhei do meu pai, fica onde trabalhamos, e em casa tenho um lugarzinho pra guardar os mais doentes ou filhotes. Tenho um limite de resgates por vez, tenho pessoas que me ajudam na divulgação, amigos que ajudam com ração e assim vou levando. Aqui quero postar os casos mais interessantes, os mais trabalhosos, os que mais me tocam. Quero compartilhar com as pessoas esse pedaço do meu mundo, que é o que me move, e é aonde me sinto mais perto do céu, graças a essas criaturas que me enchem do mais puro amor e orgulho.
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